RÁDIO SOL MANSI REPUDIA AGRESSÃO AO SEU JORNALISTA
© O Golo GB
A Rádio Sol Mansi manifestou o seu desapontamento em relação à agressão física a que foi alvo o seu jornalista desportivo, Idjé da Costa, no passado dia 21 de Outubro, na sede da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, durante uma conferência de imprensa promovida pela entidade que rege o desporto-rei guineense, para a qual convidaram os media nacional.
A Rádio Sol Mansi manifestou a sua indignação, através de uma carta assinada pelo seu Director-geral, Casimiro Jorge Cajucam, com a data de 25 de Outubro, enviada ao presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, Carlos Alberto Mendes Teixeira (Caíto).
Tal como O Golo GB tinha avançado em uma das suas edições, a Rádio Sol Mansi sublinha na sua carta que “o agressor é o senhor Fortunato Cardoso, vulgo Bodjam, membro do Comité Executivo da Federação de Futebol da Guiné-Bissau”.
“A agressão deve ter sido motivada por algum desconforto provocado por algumas questões colocadas pela vítima da mesma ao Presidente da FFGB”, lê-se na carta da Rádio Sol Mansi dirigida ao Caíto Teixeira, a que O Golo GB teve acesso.
Na missiva, a Rádio Sol Mansi salienta que tem uma linha editorial própria, em virtude da sua natureza, de Rádio propriedade duma entidade religiosa, afirmando que a isenção, objetividade e imparcialidade dos seus profissionais são palavras de ordem prevalecentes naquela estação emissora e que têm caracterizado a sua postura no panorama de comunicação social guineense, acrescentando que “não significando, porém, que nenhum profissional seu não possa desviar-se, adotando atitudes impróprias, o que, todavia, não foi o caso na situação em apreço. Aliás, mesmo que se admita que o jornalista desportivo Idjé da Costa tenha colocado questões que, no entender do seu agressor, não devia colocar, este não tinha direito de o agredir”.
“A atividade jornalística insere-se no direito à informação constitucionalmente consagrado, e quando a Rádio Sol Mansi faz cobertura de algum evento de interesse público, não está a fazer nenhum favor, mas também quando a Federação convida a Comunicação Social para a cobertura de algum evento desportivo ou de relevância desportiva, não está a fazer favor a ninguém, pelo que não cabe aos seus dirigentes selecionar as perguntas que gostariam de lhes ser colocados”, esclarece a Rádio Sol Mansi.
A Rádio Sol Mansi lembra ainda que o desporto, desde antiguidade, incluindo a antiguidade do nosso povo, é símbolo da paz e de alegria, e o futebol para RSM é algo em torno do qual os guineenses se unem mais, pelo que, a postura da FFGB e dos seus dirigentes jamais deveria contemplar alguma dose de violência, sobretudo contra os profissionais da comunicação social, que são aqueles que levam os acontecimentos desportivos para junto do público, e logo, parceiros da federação em primeira linha.
“A Rádio Sol Mansi repudia veementemente essa agressão, e exorta à Federação de Futebol da Guiné-Bissau a tudo fazer para que situações do género não voltem a acontecer sob pena de avançar com uma participação junto de entidades internacionais que gerem o futebol, nomeadamente o Comité de Ética da FIFA e da CAF”, conclui a Rádio Sol Mansi na sua carta.