“TINHA ALGUM DINHEIRO PARA SOBREVIVER, MAS VI COLEGAS EM DIFICULDADES”
Uma rotura na coxa direita fez o luso-guineense parar durante quatro meses. Acredita que a temporada estaria a ser diferente sem os problemas físicos, mas agora só pensa em levar o clube à Liga SABSEG.
Midana Sambú tem tido uma época aziaga, ausente que esteve dos relvados durante cerca de quatro meses, devido a uma lesão, mas reencontrou a felicidade, no fim de semana passado, ao contribuir para a vitória do Torreense, por 2-1, frente ao Felgueiras, que se traduziu nos primeiros três pontos na série 1 da fase de subida, da Liga 3.
“Vínhamos de um jogo complicado. Perdemos fora com o Alverca e precisávamos de ganhar”, realça o ex-Valadares, que apontou o 1-1 ante os felgueirenses. Começou no banco, contudo aos seis minutos teve de entrar, para o lugar do lesionado Alex Freitas. “Fiquei muito triste pelo Alex, mas o importante era o triunfo. Temos de ir buscar três pontos ao V. Guimarães B, na próxima jornada”, vincou.
Com dois golos em 11 partidas efetuadas, Midana sente que a temporada estaria a ser diferente, não fossem os problemas físicos.
“Estive parado quase quatro meses, com uma rotura na coxa direita. Voltei ao fim de dois meses e depois senti que não estava bem. Foram mais dois meses fora. Agora tenho de dar o máximo para ajudar o Torreense”, reforça.
Dentro do balneário, o extremo, 23 anos, vê qualidade para chegar à Liga SABSEG. “Temos um grupo unido e estamos cada vez mais fortes”, opina.
A cumprir a primeira época em Torres Vedras, Sambú não fica indiferente à esperança que se vê na rua. “Há muito entusiasmo nos adeptos e temos tido bastante apoio”, elogia.
A decisão de se mudar para o Oeste revelou-se acertada. “O clube tem boas condições, um projeto interessante e a Liga 3 ajuda na evolução do jogador”, enfatiza.
Em 2022/23, conta chegar ao futebol profissional. “Espero bem que sim, e de preferência com o Torreense. É sinal que subimos”, conta o internacional pelas camadas jovens da Seleção Nacional, mas que agora fica de à espera de um convite da Guiné-Bissau, onde nasceu.
EM FÁTIMA VIVEU DIAS COMPLICADOS
Midana Sambú fez parte da formação no Sacavenense e nos sub-19 mudou-se para o Braga. Depois de três anos no Minho, assinou pelo Fátima, experiência que não lhe traz boas recordações.
“Foi muito complicado. Estive três ou quatro meses sem receber e os meus empresários é que me tiraram de lá. Tinha algum dinheiro guardado para sobreviver, mas vi colegas a passarem dificuldades”, narra.
Seguiu-se o Valadares, onde “recuperou a felicidade”. Voltando atrás, no Minho lembra-se bem de alguns talentos. “Aprendi a ser um homem em Braga, onde ganhei muita experiência. Joguei com o David Carmo, Moura, Trincão. Havia muitos bons jogadores”.
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