“PELA PRIMEIRA VEZ, A MINHA MÃE ASSISTIU A UM JOGO MEU E CONSEGUI DEDICAR-LHE O GOLO”
Ivanildo Nhaga marcou o golo que valeu os três pontos frente ao Paredes e dedicou-o à mãe, que esteve na assistência pela primeira vez. Começou a temporada no Vila Real, mas, em janeiro, a proposta dos leceiros, que tinham em mente a luta pela subida, agradou-lhe. Aos olhos do avançado, a equipa “tem condições” para chegar à Liga 3.
As boas exibições com a camisola do Leça são o cartão de visita de Ivanildo Nhaga no Campeonato de Portugal. O ponta-de-lança, 25 anos, começou por jogar futsal ao lado do irmão gémeo, mas aos 13 anos decidiu calçar as chuteiras e dedicar-se ao futebol, aquilo que mais ama.
No passado domingo foi o herói ao marcar o golo que valeu os três pontos frente ao Paredes, numa fase crucial para as contas da subida à Liga 3. Um golo que teve uma dedicatória muito especial. “Fiquei verdadeiramente feliz. Fui pai na semana passada e, por isso, a minha mãe veio visitar-nos. Pela primeira vez assistiu a um jogo meu e eu queria muito marcar para poder dedicar-lhe o golo. E assim foi. Claro que também queria ajudar a equipa, porque estamos num bom momento e confiantes”, disse o luso-guineense a O JOGO.
Faltam apenas quatro jogos para ficar definida a classificação e, nesse sentido, é importante manter uma mentalidade vitoriosa. “Temos de ir jogo a jogo e fazer o máximo de pontos. Sabemos que é para ganhar”, vincou, acrescentando que a equipa “tem todas as condições para alcançar a subida”.
No emblema de Leça da Palmeira desde janeiro, Ivanildo entende que está “no sítio certo para continuar a evoluir”. “A adaptação foi muito boa, fui muito bem recebido pelos meus colegas e pelo míster, que já me conhecia. O contexto aqui é diferente, a equipa está a lutar pela subida de divisão. Sinto outra ambição, queria estar num clube que tivesse as minhas aspirações. Quero, também, agradecer ao meu empresário, que sempre acreditou em mim”, enalteceu.
Para o futuro, os objetivos são chegar à I Liga e… acabar o curso de Arquitetura. “O futebol é o que amo fazer e o que pretendo fazer no futuro, mas um dia vai acabar e é importante ter outros planos. Falta-me apenas fazer uma cadeira para ficar com a licenciatura. O meu pai sempre nos incutiu a importância da educação”, contou.
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