I SELEÇÓN NACIONAL DI FUTEBOL OU I SELEÇÓN DI UM GRUPINHU DI GUINTIS?
ANTA I KUMA NAN PRÓPI?
Estas são as questões com as quais começo essa minha modesta opinião sobre a não presença da IMPRENSA desportiva nacional na comitiva da seleção nacional de futebol A, que está a procura da sua quarta presença consecutiva numa fase final de um Campeonato Africano das Nações. QUATRU BIAS TRÁS DI NGHUTRU. SIM BU OBI DIRITU. 1, 2, 3, I 4 BIAS.
As questões, cujas respostas me são muito curiosas!
Sobre as interpretações dessa reflexão não me incomodam muito, só sei que é apenas um exercício da cidadania, de um cidadão preocupado com a situação com que o nosso futebol está. Quero, como qualquer guineense, ver as coisas a andarem como devem (de melhor maneira).
Aliás, para quem um dia já teve oportunidade de me conhecer sabe que as minhas reflexões não visam ninguém em especial, apenas com o bem comum, e tento o máximo possível colocar o país acima de tudo e de todos.
A seleção nacional de cada país do mundo é seleção de massa, sobretudo, a seleção de futebol. Com a experiência que já adquirimos nessas andanças, ou seja, a grandeza da nossa seleção, é inadmissível esta seleção viajar sem a imprensa.
Todos os guineenses foram negados um direito fundamental e consagrado na Constituição da República da Guiné-Bissau, o Direito de ser informado. (ÉS I PA KILIS KI PENSA KUMA LEBA IMPRENSA I FABUR).
I TEM DJINTIS KUTA PAPIA BU TA PENSA KUMA BAI KU IMPRENSA I FABUR. LEBA IMPRENSA I SUMA CONVOCA DJUGADURIS.
Os Djurtus golearam, na primeira jornada , a seleção congénere de São Tomé e Príncipe por 5-1, num campo emprestado, muito longe de casa, nos Marrocos, devido a interdição do Estádio Nacional “24 de Setembro”, pela CAF e FIFA, por falta de mais ou menos 400 milhões de francos CFA, de acordo com as autoridades.
Como se não bastasse, viajaram sem um jornalista sequer para, pelo menos, fazer o relato do jogo. PEL’MENUS 1 JORNALISTA SON PA GUINENSIS ACOMPANHA DJUGU.
Não há um jornalista do Desporto Nacional que não recebeu várias ligações dos guineenses que estavam desesperados para assistir o jogo.
ÊS GORA I FALADU QUARTU BIAS K NÔ NA BAI CAN, A FINAL KÊ KU NÔ APRENDI?
O caricato é que a caravana desportiva está composta de até SEGURANÇA DO AUTOCARRO, ou de pessoas que não se entendem o que é que foram lá fazer. SON SI É BAI DJUBI DJUGU DÉ.
Numa coisa eu estou certa, de que os jogadores preferiam mil vezes se for o caso, sentir a presença do povo, do que todo o luxo que pensam que podem criar a estes atletas…MAIS DI KI HOTEL KI N’ODJA NA EXIBIDU NA REDES SOCIAIS.
Não há nenhuma informação sobre a nossa seleção, nem no mini-estágio, em Portugal, nem nos preparativos para o próximo jogo. Nem pormenores, sobre se os jogadores estão bem ou não, se há indisponibilidades, e como vão os treinos, etc…
Segundo informações postas a circular indicam que os guineenses mais uma vez, correm sérios riscos de não acompanharem pela rádio ou TV o jogo da segunda jornada. Pois os jornalistas que deviam seguir para Guiné-Conacri, até a elaboração desse artigo ainda se encontram em Bissau, nem sabem se vão seguir a viagem ou não.
Tenho a certeza que alguém ousaria a pensar que viagem da imprensa nem é responsabilidade do governo ou da Federação de Futebol da Guiné-Bissau. Eu diria que sim, é. Pela simples razão, a nossa realidade já nos provou isso, várias e várias vezes. Na verdade, não há nenhum órgão de comunicação social do país que possa com seus meios próprios suportar a viagem para um dos seus repórteres, sistematicamente. Houve sim, no passado algum que tentou, uma ou duas vezes.
Quando digo a nossa realidade, refiro muitas coisas, falta de apoio do Estado (subvenção), apesar de os órgãos terem pago as suas obrigações junto do Estado. Além de estarem a prestar um serviço PÚBLICO, mas em vão. MAS ÉS I UTRU ASSUNTO, KI NÔ NA BIM TENÉ OPORTUNIDADE DI PAPIA NEL.
PAPIA SOBRE EMPRESAS PRIVADAS KU KA TCHIU NA NÔ TERRA, KILIS KI TEM É KATA APOIA, KUSAS KI BALI.
Repito, a minha reflexão não visa nem fulano e nem beltrano, NÔ MISTI SON ODJA TERRA NA AVANÇA, SON KILA, MAS NADA.
Os jornalistas são verdadeiros heróis. São heróis desconhecidos. Aprendi na faculdade de jornalismo, com o ilustre Docente e Mestre em Comunicação e Jornalismo, ANTÓNIO NHAGA, que o jornalista não pode ser notícia. Não é que discordo, mas esses do nosso país merecem estátuas.
Já andaram a pé, debaixo de sol e chuva à procura de formar e informar a população sem qualquer recompensa. N’TENÉ CERTEZA SI I FÁCIL BÁ IANDA A PÉ ATÉ GUINÉ CONACRI OU MARROCOS É NA BAIBA ATÉ LA.
Não custaria tanto assim à Federação de Futebol da Guiné-Bissau ou ao governo colocar uma viatura, não avião, com combustível, mesmo sem dinheiro de bolso, à imprensa para se deslocar à Conacri, dentro de dois dias no máximo, os jornalistas estariam lá, mesmo se fosse um ou dois.
São muitos carros de que a FFGB se dispõe, são tanto que o governo tem, ou as empresas privadas ou pessoas singulares.
Sobre esta situação eu trago uma simples solução, aliás que já tive oportunidade de propor ao governo numa das reuniões com a imprensa.
Entregar ao Fórum de Jornalistas Desportivos da Guiné-Bissau, que congrega a maioria dos jornalistas, a responsabilidade de organizar as viagens dos jornalistas como acontece no Senegal e na nossa sub-região.
Repito, apenas um exercício de cidadania, sem intenção de atingir fulano ou beltrano, NINGUIM KA MANDAM, I APENAS NHA OPINIÓN.
Que fique claro, os jornalistas não querem apenas viajar só por viajar, até porque, por inerência da profissão jornalística, um jornalista não tem problemas de viajar.
DJURTUS I DI TUDU GUINENSIS I KA DI UM GRUPU SINHU DI GUINTIS…
BOA SORTE AOS NOSSOS GUERREIROS JOGADORES E À SUA EQUIPA TÉCNICA
©️ Alcene Sidibé
| Diretor de Informação de O Golo GB