ABEL CAMARÁ FALA EM “MASSACRE”: “VI SETE OU OITO MORTOS NO BALNEÁRIO”
O avançado internacional guineense, Abel Camará bisou, mas não evitou a derrota do Arema, diante do Persebaya Surabaya. No final, a questão desportiva nada interessou, com a tragédia a invadir o estádio Kanjuruhan.
Mais de 170 pessoas perderam a vida na Indonésia numa das maiores tragédias de sempre do desporto e do futebol. Na noite de sábado, cerca de 3.000 adeptos invadiram o campo após a derrota da equipa da casa, o Arema FC, frente aos rivais do Persebaya Surabaya, por 3-2. Abel Camará, avançado ex-B SAD, é jogador do Arema FC e falou sobre os momentos de terror que vivenciou de perto.
“Sinto-me um pouco aliviado. Normal. Ontem vivemos momentos de grande tensão e só pensamos nos nossos filhos e família. Agora é aguardar em casa a ver o que vai acontecer”, afirmou à CNN Portugal. A equipa do Persebaya teve uma invasão de campo, os jogadores foram agredidos. Foi-se formando ódio para este jogo, falava-se mais de matar do que ganhar o jogo. Acabámos por perder e quando fomos agradecer os começaram a subir as vedações. Fomos para o balneário e foi o caos total”, continuou.
“Infelizmente, com as pessoas a fugir do gás e da polícia, algumas tentaram entrar no nosso balneário, metemos mesas e cadeiras para não mandarem a porta abaixo. Mais um bocado, vi sete ou oito mortos no chão do nosso balneário”, recordou.
“Havia muito sangue, ténis e roupas no chão, foi autenticamente um massacre. O estádio estava cheio, havia mais adeptos do que polícias e quando morreram um ou dois polícias a polícia não olhou a meios”, rematou.
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