CALILO MANÉ CRITICA COMPORTAMENTO DE BACAR CAMARÁ DA FFGB CONTRA SUA EQUIPA
O treinador do Desportivo de Gabú, Calilo Mané, não teve papas na língua, após a derrota da sua equipa frente aos Estivadores dos Portos de Bissau, ontem (17.12), no tapete sintético do Estádio Lino Correia, em Bissau.
Mané insurgiu-se contra Bacar Camará, um dos membros do Comité Executivo da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, em como este, não pode desempenhar o alto cargo na federação de futebol e ao mesmo tempo dirigir uma equipa que milita no campeonato nacional da segunda divisão.
Em consequência disso, segundo Calilo Mané, o dirigente federativo em causa impediu a autorização de licenças (desobriga) dos jogadores que transferiram do SC Pitche para Desportivo de Gabú.
Nesta senda, Calilo Mané questiona a transparência da federação de futebol para com as equipas.
“Hoje, vou criticar o Bacar Camará que é um dos membros do comité executivo da federação de futebol da Guiné-Bissau, que negou com a desobriga dos jogadores que o Gabú contratou para esta época, e ele ‘Bacar Camará’ é um dirigente da federação”, lamentou.
O jovem técnico que promoveu a equipa lestenha à primeira divisão do campeonato nacional, criticou a tão falada “nova dinâmica” da federação, para depois recordar – “Eu queria saber se esta nova dinâmica da federação é só para algumas equipas, pois recordo que na época passada, quando estávamos na segunda divisão, o Comité Executivo da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, liderado pelo presidente Carlos Alberto Mendes Teixeira (Caíto), decidiu deixar o jogo do primeiro e segundo lugar, em Gabú, e foram assistir o primeiro e último lugar da Série, em SC Pitche, que eu considero de menos importante”.
Perante aquilo que considera de desigualdade, o técnico da equipa lestenha, pondera abandonar o futebol nacional.
“Para ser sincero, estou farto desta desigualdade no futebol guineense, porque não posso preparar a minha equipa para o jogo a pensar que mesmo com a minha preparação tenho que perder, porque ninguém ganha as ‘equipas grandes’ de Bissau, devido as mãos ocultas”, notou.
Contudo, Calilo Mané parabenizou os Portos de Bissau pela vitória, embora frisou o erro do árbitro no terceiro golo da equipa da casa.
“Houve a falta clara antes do golo, o avançado dos portos empurrou o meu guarda-redes pelas costa, mas nada assinalou o árbitro”, lamentou.
Recorde-se que Calilo Mané tinha quase tudo acertado com a equipa da terceira divisão, Primeiro de Maio, mas a sua transferência não aconteceu, segundo ele, por amor a equipa de Gabú.
©️ Aladje Seidi