ESCÂNDALO NO CHAN: FUNCIONÁRIO ACUSADO DE VIOLAÇÃO FOI SUSPENSO E DEIXOU ARGÉLIA
Sohounde Peperipé, jornalista do Benim mas que, durante o CHAN – Campeonato Africano das Nações mas apenas com jogadores que alinham em clubes do continente negro -, prova da Confederação Africana de Futebol a decorrer na Argélia desde dia 13 e até 4 de fevereiro com a presença de 18 seleções – e que estava a trabalhar em Argel desde o início do torneio como ‘freelancer’ na assessoria de imprensa da CAF, foi acusado de violação por uma cidadã marroquina, também a trabalhar no torneio e funcionária da organização, e já terá deixado a Argélia e voltado ao seu país natal.
A alegada vítima de abuso sexual denunciou o crime e o suspeito às autoridades argelinas, já após a CAF, ao tomar conhecimento da queixa formal, ter suspenso Sohounde Peperipé por cinco anos.
Sohounde Peperipé foi formalmente acusado de violação de uma cidadã marroquina durante o fim de semana de 21 e 22 do corrente mês, que terá tido lugar, de acordo com a denúncia, num hotel de Argel.
Relata a edição desta sexta-feira do The Guardian que a alegada vítima, funcionária, também, da organização da prova, terá solicitado ao suspeito uma credencial de acesso total aos estádios do torneio – dividido por quatro cidades, Oran, Annaba, Constantine e Argel -, ao que Peperipé lhe terá indicado que deveria deslocar-se até ao seu quarto na unidade hoteleira para levantar o imprescindível documento, e uma vez aí terá consumado os abusos.
Os ecos chegaram depressa à CAF, que ouviu testemunhas confirmarem o relato da vítima, enquanto Sohounde Peperipé negou, sempre, todas as acusações, retorquindo, até, ter sido, depois, suspenso pela confederação por cinco anos sem, alegou, poder apresentar a sua versão do sucedido.
A CAF já confirmou que, na janela de cinco dias entretanto decorridos, Sohounde Peperipé – antigo praticante de voleibol e ténis de mesa, e correspondente da Radio France Internationale no Benim mais de 20 anos – já terá, efetivamente, deixado a Argélia e voltado para Porto Novo, capital do Benim.
Um episódio a abalar a prova, onde Angola e Moçambique estão em competição. Pela primeira vez com 18 seleções na fase final (eram 16), o evento conta, no Grupo A, com as presenças das equipas nacionais do país anfitrião (Argélia), mas também da Líbia, Etiópia e Moçambique.
No Grupo B, estão a República Democrática do Congo, o Uganda, a Costa do Marfim e o Senegal, enquanto no Grupo C restam Gana, Madagáscar e Sudão depois de Marrocos ter desistido (e, por decisão administrativa, lhe ter sido averbada a derrota por falta de comparência, 0-3, nos três encontros).
Os dois primeiros de cada um destes três grupos apuram-se para os quartos de final da competição, mais os vencedores do Grupo D (que integra Mali, Angola e Mauritânia) e do Grupo E, onde pontificam os Camarões, Níger e Congo Brazzaville.
©️ A Bola