JOSÉ NA RU-HA REPUDIA A METODOLOGIA DE TRABALHO DE PROSPEÇÃO DA DIREÇÃO TÉCNICA DA FFGB
O proprietário da Academia Amílcar Lopes Cabral, José Na Ru-ha, está inconformado com a forma como o departamento técnico da FFGB está a desenvolver os trabalhos de prospeção de crianças de 10 a 13 anos, que iniciou neste mês de Abril, com vista à criação da Academia Nacional.
Quando falava por via telefônica no Programa Desportivo da Rádio Cidade FM, Mister José Na Ru-ha, disse ter dúvida dos trabalhos que a FFGB está a fazer para criação da Academia Nacional, ainda que não foram notificados os responsáveis das academias por um documento expresso para o início dessa prospecção.
“Nós técnicos, temos grande dúvida do que é que a FFGB está a fazer com a dita prospeção, porque em primeiro lugar, não fomos chamados para que sucintamente possam nos explicar dos trabalhos da prospeção que vão levar a cabo. Em segundo lugar, a forma que tenham solicitado para que levássemos os jogadores, não foi da melhor forma, mas pelo que sabemos hoje, nenhuma criança, digo futebolista não se encontra fora de uma ou outra academia, a não ser que o pai da criança seja o dono ou treinador daquela academia, mas mesmo assim, o pai é chamado para ter noção do interesse no trabalho que o filho vai fazer junto do interessado… volto a interrogar, se temos de levar as crianças para fazer teste de prospeção para futura Academia Nacional, em que condições será feita? Uma vez que não fomos notificados para este efeito”, apontou, alertando ainda a quem de direito a estar atento a esta situação que a FFGB está a desembocar.
Contudo Mister Zé como é bem conhecido entre amigos, tem anunciado por outro lado que, para além da sua academia, nenhuma outra academia foi notificada formalmente para tomar parte nos trabalhos de prospecção.
“Todas as academias da Guiné-Bissau não foram notificadas pela FFGB, o que quer dizer que não valoriza e nem respeitam os trabalhos que os técnicos dessas academias fazem todos os dias para o bem do futebol nacional, mesmo que as mesmas podiam ou não estar legal para executar os seus trabalhos, mas devem ser respeitadas, porque foram dessa ilegalidade que formaram grosso número de jogadores que hoje estão a representar o país ao mais alto nível, como nas seleções e entre outras competições internas e internacionais”.
Porém, lembrou o Mister Zé, da recente questão posta na altura que o DTN Eric Maré estava a reunir com Associação dos Treinadores, sobre os procedimentos que vão ser utilizados durante a prospecção mas, segundo ele, a questão não foi respondida.
Questionado sobre se vai deixar um dos seus jogadores tomar parte nos trabalhos da Academia Nacional, o responsável disse que alguém bem próximo da entidade federativa tinha anunciado que nestas condições, os pais e encarregado dos jogadores é que vão decidir para que os miúdos sejam liberados em vez dos técnicos e responsáveis das academias.
“Sei lá… é que não temos essas informações, mas, foi esta a explicação que me avançou, uma vez que no momento que os técnicos nacionais estavam a fazer a prospecção não comunicaram os pais dos miúdos, porque só agora de estarem em condições de contar com o jogador é que vão anunciar aos pais destas crianças e ainda que comunicaram os responsáveis das academias por vias não administrativas”, revelou.
De recordar que os trabalhos da primeira etapa de prospecção de talentos, no Setor Autónomo de Bissau, para a criação da academia Nacional iniciou desde primeiro de Abril deste ano, na zona 1, que congrega as crianças dos Bairros de Plack 2, Brene e Bissalanca, conforme a divisão do Departamento Técnico da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, divididos em quatro zonas, zona 2 congrega as crianças dos Bairros de Cupul, Enterramento e Hafia; zona 3 junta as crianças dos Bairros de Quelelé, Cuntum e Cuntum Madina; zona 4 congrega as crianças dos Bairros Militar, Ajuda e São Paulo. Porém, a primeira etapa concluiu-se no dia 05 do mês em curso no Campo da Granja, com as crianças dos bairros de Reno, Belém e Missira.
De acordo com a informação, a segunda etapa iniciou ontem, 14 de Abril e vai até o próximo dia 18 deste mês, com os trabalhos da zona 2, no Campo Ansu Camará, com as crianças dos seguintes bairros, Amedalai, Pefine, Luanda e Rossio.
Lembre-se que os trabalhos da prospeção dos talentos da Federação de Futebol Guiné-Bissau no Setor Autónomo de Bissau serão coordenados pelo Diretor Técnico Nacional, Eric Maré, que está sendo coadjuvado pelo seu Adjunto, Abubacar Mané [Mister Abu], responsável de competições, João Domingos Loa N’Fatcha, com o seu Adjunto, Almame Djassi.
©️ Isaías Teixeira
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