CAÍTO CONSIDERA DE ‘RAPTO’ A FUGA DE DOIS JOGADORES
Líder da Federação de Futebol da Guiné-Bissau garante que 2 jogadores foram levados para Espanha
De acordo com o jornal Record, o presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, Carlos Alberto Mendes Teixeira (Caíto) garante que 2 dos 12 jogadores da Seleção Sub’17 que fugiram da concentração do conjunto nacional em Portugal foram levados para Espanha, apontando o dedo a um empresário do país vizinho. “Isto é rapto! Vamos até às últimas consequências”, garante o dirigente, a Record, adiantando que vai acionar a federação e as autoridades espanholas. “Trata-se de um indivíduo que vai muitas vezes à Guiné-Bissau e que tem ligações à Academia Mepa. Inclusive esteve no aeroporto quando chegámos a Portugal”, acrescenta, sem precisar o nome do visado.
Ainda na mesma entrevista concedida ao diário desportivo português, Caíto Teixeira aponta o dedo às famílias dos atletas na situação de fuga verificada no passado sábado, dia 13 de Julho de 2024.
SELEÇÃO SUB’17 CHEGOU A PORTUGAL NO DIA 9 PARA DISPUTAR A LUSO CUP, EM CASCAIS
Segundo o Record, o dirigente, de 52 anos, esclarece que 4 jovens voltaram à Escola Secundária de São João do Estoril, onde a equipa está concentrada, no domingo, “uns de manhã e outros à noite”. Já fonte da PSP – Polícia da Segurança Pública adiantou ao nosso jornal Record que foram localizados 11 dos 12 menores que desapareceram e estavam em casa de familiares.
“Reafirmo que 8 jogadores continuam desaparecidos. Apenas quatro se apresentaram no domingo”, reforça Caíto Teixeira na entrevista publicada na edição impressa do jornal Record, a que a redação de O Golo GB.
Antigo médio, que representou Tondela e Amarante no final da década de 80 do século passado, Teixeira acusa as famílias de terem estado na origem desta fuga em massa. “Eu e a polícia estivemos em casa de uma família que nos disse que estiveram lá três jogadores”, refere, ilibando os empresários Catió Baldé, Adilé Domingos Sebastião (Kabi) e Wilson Pereira, que têm academias na Guiné-Bissau, desta fuga. “Tenho lido muita contra informação, mas eles até nos têm ajudado na procura dos miúdos”, sublinha.
Refira-se que após viagem feita via Marrocos, a Seleção Nacional Sub’17 da Guiné-Bissau chegou a Portugal no dia 9 de Julho de 2024, para disputar a Luso Cup, em Cascais. Apurou-se para a final com o Brasil mas não foi a jogo, pois tinha apenas 5 jogadores após a debandada.
Saliente-se que esta situação de fuga dos miúdos em Cascais, motivou algumas reações de pessoas que responsabilizam a Federação de Futebol da Guiné-Bissau, uma das vozes é do antigo avançado dos Djurtus Ansu Faty, igualmente pai de um dos jogadores convocados para representar o país na Luso Cup 2024.
Ex-internacional guineense que deu recentemente uma entrevista ao portal desportivo O Golo GB, recorreu às redes sociais para exibir uma foto da Seleção Nacional da Guiné-Bissau Sub’17 que esteve no Campo do Tires no domingo, apenas para receber troféu e medalhas do segundo lugar do torneio, identificando o seu filho guarda-redes Seco Ansumane Seidi Faty na imagem, segundo Ansu Faty, seu filho regressou ao centro de estágio logo na manhã de domingo, (14.07), revelando que apesar de várias tentativas que fez junto dos responsáveis da federação de futebol para que Seco voltasse a concentração dos pequenos Djurtus no mesmo dia sábado, 13 de Julho.
“Seco Ansu Seidi Faty [na imagem do círculo vermelho] com medalha do 2º lugar e Taça a frente”, começou a escrever o antigo avançado dos Djurtus numa nota nas redes sociais.
Ansu Faty, atualmente nos luxemburguês do CS Sanem deixou claro que está contra a exposição da identidade dos miúdos nas redes sociais e nas redes sociais pela Federação de Futebol da Guiné-Bissau.
“Agora quero pedir aos ativistas, jornalistas e comentaristas que parem de denegrir a imagem dos miúdos, sobretudo do Seco, porque 5 min depois de saírem do centro do estágio, eu mesmo fiz questão de informar a federação do seu paradeiro, mesmo assim fizeram questão de meter nome dele entre miúdos que saíram, não compreendo, nem percebo, mas não aceito, tratar miúdos como deportados, vigaristas, isso não, são miúdos, o que fizeram foi muito errado, sim foi, mas vamos ter calma e arranjar maneira de resolver as coisas e parem de expor os meninos ainda mais, porque há uma coisa que se chama direito de imagem também é crime” alertou, lamentando.
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Recorde-se que o candidato à liderança da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, Adilé Domingos Sebastião (Kabi) também recorreu às redes sociais para considerar que os miúdos foram vítimas de sistemas disfuncionais, desorientados e sem sensibilização de quem de direito, apelando aos miúdos é não os diabolizar.
“Agradece-se a contenção no tratamento e qualificação do comportamento dos jovens-atletas da seleção Sub’17. Vítimas de sistemas disfuncionais, desorientados e sem sensibilização de quem de direito, precisam do nosso apoio e não de diabolização. São miúdos”, escreveu o jovem empresário guineense.
©️ O Golo GB
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