“SE ACORDAR MAL OU BEM DISPOSTO, VOU PEGAR NA CANETA E REVOGAR O DESPACHO” – CAÍTO
Líder da FFGB desvaloriza interpretações sobre a decisão do último despacho da FFGB e esclarece que não deve ser encarada como um ‘bicho de sete cabeças’
O presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), Carlos Alberto Mendes Teixeira (Caíto), garantiu na última quarta-feira, (18.09), que pode, a qualquer altura, revogar o despacho que atribui poderes absolutos a Rivaldo António Imbulna Cá, vice-presidente do organismo gestor do futebol nacional.
Caíto Teixeira desvalorizou ainda as interpretações que estão sendo feitas relativamente a sua decisão expressa no referido despacho e fez perceber que a referida decisão não deve ser encarada como um ‘bicho de sete cabeças’.
“Se for um despacho feito pela FIFA ou outra entidade, diremos que é uma coisa vinculativa. Mas, mesmo aqui, pego no mesmo despacho e dizer que a partir de hoje é nulo e inexistente. Acabou. Isso não é o bicho de sete cabeças. Aliás, o próprio Rivaldo não precisa daquele despacho para poder exercer as suas funções. Até que é o substituto direto do presidente. Se eu acordar mal ou bem disposto, vou pegar na minha caneta e revogar o despacho”, afirmou Caíto Teixeira em conferência de imprensa promovida na sede da FFGB, no Alto Bandim, em Bissau.
Líder da FFGB diz ter hábito imprimir uma liderança partilhada e fez ainda uma referência do que tem feito com o Hussain Farhat, antigo membro do Comité Executivo da FFGB, a quem diz atribuir o poder de assinatura obrigatória de cheques do organismo no primeiro mandato – Hussain, recorde, viria demitir-se das funções.
Saliente-se que, através de um despacho datado de 13 de Setembro de 2024, Caíto Teixeira decidiu delegar poderes absolutos ao seu vice-presidente, tanto na sua ausência assim como na sua presença, uma atitude que na visão de muitos guineenses significa uma denúncia de suas competências.
O fato criou um debate no seio de desportistas guineenses, com opiniões diversas. Há outros que acreditam que a decisão não tem base jurídica e outros consideraram-na um mero ato administrativo e normal.
Para alguns, poderá existir um processo oculto que pode colocar em risco a legitimidade e continuidade do presidente na testa da federação de futebol, mas que não veio ainda a público, quiçá quer salvaguardar o recém-eleito Comité Executivo da FFGB, para evitar um possível congresso extraordinário para a escolha de novos órgãos sociais.
De referir ainda que, sobre o assunto, Caíto Teixeira garante que “são falsas mentiras”, acrescentando que “não existe nenhum processo de anulação da última eleição realizada na Federação de Futebol da Guiné-Bissau”.
© Balantó Danfa
📷 FFGB
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