Direção cessante aponta federação de futebol e liga de clubes como financiadores dos sócios que elegem Cadija Vieira como nova presidente do clube

A direção cessante do Grupo Desportivo e Recreativo de Quelelé promoveu ontem, (20.11), uma conferência de imprensa para reagir sobre a polémica instalada no seio do conjunto dos Gatos Vermelhos, envolvendo um grupo de sócios que no último domingo (17.11) realizaram uma assembleia geral eletiva, na qual, escolheram uma nova direção.

Por outro lado, a direção cessante dos Galos Vermelhos responsabiliza a Federação de Futebol da Guiné-Bissau e a Liga Guineense dos Clubes de Futebol por alegada interferências nos assuntos internos do Grupo Desportivo e Recreativo de Quelélé.

A equipa do bairro de Quelelé, formação que milita na segunda divisão do país, enfrenta atualmente uma polémica e o clube corre risco de ter duas direções.

Saliente-se que no passado dia 17 de Novembro de 2024, um grupo de sócios realizou uma assembleia geral eletiva, alegando a caducidade da direção dos Galos Vermelhos, liderada por Fernando Gomes (Fergo).

Perante a situação instalada no clube, o presidente cessante do GDR Quelelé, Fernando Gomes aproveitou a conferência de imprensa para tranquilizar os sócios e a comunidade em geral sobre o atual momento do clube.

“Apelamos os sócios e a comunidade de Quelelé em geral para que fiquem tranquilos sobre a situação interna no clube, apesar do nosso mandato ter terminado, mas estamos a trabalhar no sentido de organizar a assembleia geral para eleger uma nova direção, apesar de sucessivos adiamentos das datas marcadas pelo presidente da mesa da assembleia, por motivos de regulamento eleitoral”, sustentou Fernando Gomes (Fergo) para de seguida referir que “estamos no processo de inscrição dos jogadores para a próxima época e no entanto, fomos surpreendidos com um “djumbai” de um grupo de sócios financiado pela federação de futebol e a liga de clubes, fato esse que lamentamos bastante”.

Ainda este dirigente desportivo responsabilizou a Federação de Futebol da Guiné-Bissau e Liga Guineense de Clubes de Futebol pelas interferências nos assuntos internos da equipa do Quelelé.

“Estamos a espera do presidente da mesa da assembleia geral que neste momento se encontra no estrangeiro para a realização da nova eleição no clube, enquanto isso, responsabilizo a Federação de Futebol da Guiné-Bissau na pessoa do seu presidente, Caíto Teixeira na interferência nos assuntos internos do nosso clube e para já, tomamos a iniciativa de mover uma queixa contra os que alegaram ser a direção da equipa”, afirmou Fernando Gomes.

De recordar que, no domingo, 17 de Novembro de 2024, a Mesa de Assembleia Geral e a Comissão Organizadora da Assembleia Geral Eletiva emitiram uma nota informativa conjunta, para denunciar aquilo que consideram de um “comportamento lamentável, vergonhoso e deselegante de um trio de membros/sócios de Grupo Desportivo e Recreativo de Quelelé que numa clara afronta aos estatutos e demais leis de forma deliberada promoveram uma reunião de ‘Djumbai’ com alguns simpatizantes, que denominaram de Assembleia Geral Eletiva”.

Na referida assembleia geral eletiva, o grupo de sócios que está de costas voltadas com a direção cessante do GDR Quelélé elegeu no passado dia 17 de Novembro de 2024, a jovem Alexivandra Marques Vieira (Cadija), a nova líder que tomou posse no dia seguinte (18 de Novembro) como a nova presidente dos Galos Vermelhos para suceder Fernando Gomes (Fergo).

A cerimónia de posse da jovem Cadija Vieira contou com as presenças do vice-presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, Rivaldo António Imbulna Cá, e o presidente da Liga Guineense dos Clubes de Futebol, Dembo Sissé.

©️ Samba Djaló

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