CHAN: MARROCOS ANUNCIA DESISTÊNCIA
Com o arranque da competição prevista para a tarde de ontem, sexta-feira 13 de Janeiro, de 2023, a VII edição do Campeonato Africano das Nações para jogadores das ligas internas do continente (CHAN), eis que, surge uma situação que pode complicar o comité de organização da competições da CAF, em função da anunciada possível desistência da selecção marroquina de participar na referida prova, tal como faz menção, um comunicado oficial da Real Federação Marroquina de Futebol (RFMF) emitido na quinta-feira.
No comunicado, as entidades federativas marroquinas recorrem do facto de terem sido impedidas de organizar um voo directo entre Rabat e Constantine para transportar a sua selecção, devido ao encerramento do espaço aéreo entre os dois países pronunciado em Setembro de 2021 pela Argélia.
O grande problema consiste no facto de, nem o país dos Fennecs, nem a Confederação Africana de Futebol (CAF), terem respondido ou se pronunciado a respeito desta questão até ao momento.
“A selecção marroquina de futebol está impossibilitada de se deslocar a Constantine (Argélia) para disputar a 7ª edição do Campeonato Africano das Nações de Futebol (…)
A deslocação da selecção marroquina de futebol, de Rabat a Constantine não foi confirmada. Na sequência do seu pedido de autorização para um voo RAM de Rabat para Constantine, a FRMF foi informada a 22 de Dezembro de 2022 pela Confederação Africana de Futebol (CAF), enquanto entidade responsável pela organização do CHAN 2022, que uma autorização em princípio foi obtida”, diz o comunicado.
Acrescenta o documento que “Enquanto a mudança da selecção marroquina de Rabat para Constantine é organizada pela FRMF e o arranque do CHAN 2022 está agendado para 13 de Janeiro de 2023, ou seja, dentro de 24 horas, a FRMF regista com pesar que, a obtenção da autorização final para o voo RAM de Rabat para Constantine infelizmente ainda não foi confirmado pela CAF”.
Entretanto, depois de vários dias de silêncio, a FRMF autorizou na última terça-feira os jogadores convocados para o CHAN a regressarem aos respectivos clubes, dando a entender que de facto a desistência seria uma realidade, tal como vinha ameaçando desde o passado dia 27 de Dezembro.
Não obstante isso parecer muito sério, ao longo dos pronunciamentos que a RFMF vinha fazendo, em nenhum deles utilizou termos como "cadência" ou "boicote", o que deixa a impressão de haver ainda esperança dos Leões do Atlas retrocederem na sua posição, e que este comunicado de imprensa represente uma pressão final para empurrar a CAF à reacção.
É de salientar que, a desistência à última hora deste participante, por sinal bicampeão, mancha e contribui para tornar o CHAN, uma competição descrita como de segunda zona, tornando-a ainda menos atraente.
Presume-se no entanto que este assunto tenha merecido destaque na série das "reuniões- chave" da CAF desta quinta-feira, até porque Fouzi Lekjaa, presidente da FRMF, é um dos membros mais influentes do órgão pan-africano.
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