FALTA DE ESPAÇO CONDICIONA CONSTRUÇÃO DE COMPLEXO DESPORTIVO EM CATIÓ
© Balantó Shakur
O setor de Catió, capital da região de Tombali, sul da Guiné-Bissau, está em risco de perder, a favor de Quebo, um projeto para a construção do complexo desportivo por alegada falta de espaço.
A informação foi transmitida, esta sexta-feira, (10.09), por Jerónimo José Buasse, Delegado Regional de Juventude e Desportos para a região de Tombali, numa conversa ao programa desportivo “Bola na Trave”, da Rádio Educativa Voz de Tombali.
Trata-se de um espaço com caraterística multifuncional com campo de futebol, polivalente, desporto de praia, luta livre, pista de atletismo e uma arena interna, capaz de acolher eventos desportivos e culturais.
“Até então não conseguimos um espaço viável. Nada temos em mão. A Administração local indicou-nos um terreno mas até este momento não fez a medição da área. Queremos documentos completos da cedência para depois legalizá-lo. Porque terreno sem documentação não vale nada. Já demos muitos corredores sem sucesso”, começou por dizer o delegado.
Jerónimo, disse ainda que a administração local não tem interesse no assunto porque, segundo ele, há nove meses da entrega do pedido da cedência até agora não encontrou uma solução viável para negociar o espaço em causa.
“A demora do setor de Catió fez com que no mês de Abril passado, fui a Quebo com o mesmo propósito, de encontrar um espaço. Eles (Quebo), identificaram espaço e já tenho o documento. Se Catió não estiver preparado, o projeto vai para o setor de Quebo porque faz parte da região de Tombali. Não vou defender Catió apenas, mas sim, estou cá para defender a região na sua totalidade”, determinou.
Jerónimo faz perceber que a prioridade da Secretaria de Estado de Juventude e Desportos é o setor sede da região, mas se este não estiver em condições vai mudar o projeto para outro setor, afirmando que não vai permitir que a região perca essa oportunidade de ter um complexo desportivo, fundamentando que o desenvolvimento amplo do desporto precisa de infraestruturas de qualidades.
“Só precisamos de dois a três hectares”, precisou.
Questionado sobre a estratégia montada para relançamento de diferentes modalidades desportivas na sua região, Jerónimo disse que quer congregar, a partir do próximo ano letivo, os professores da educação física com uma única missão: “Têm diferentes especialidades. Então, vamos trabalhar em conjunto, para relançar as modalidades desportivas no Tombali”.