GUINÉ-BISSAU RECORDA OITO ANOS DO PRIMEIRO CAN
“Era um ambiente de muita alegria. Lembro-me do segundo jogo, depois daquele golo do Pequeti. As ruas estavam cheias como um ambiente do final do ano”, lembrou o comentador desportivo
Memórias: Completou hoje oito anos depois da primeira participação de sempre da seleção nacional do futebol da Guiné-Bissau numa fase final do Campeonato Africano das Nações, CAN.
Foi, precisamente, no dia 14 de janeiro de 2017 que os 23 heróis do futebol, comandados por selecionador nacional Baciro Candé, tiveram a partida inédita numa fase final da maior competição das seleções africanas.
O encontro histórico aconteceu frente ao Gabão, país anfitrião do CAN 2017, terminado empatado [1-1] com o golo dos homens da casa seria apontado por temível avançado, Aubameyang, aos 53 minutos.
Porém, a resposta guineense, aos 90 minutos, assinado por Juary Soares que desviou um pontapé livre do Zezinho.
Para muitos guineenses, foi a melhor participação dos Djurtus numa fase final do CAN entre todas as presenças. Um dos apologistas desta opinião é o comentador desportivo, Braima Baldé (mister Maudó), que traz lembranças e ambiente que se viviam no dia em que Juary fez o primeiro golo contra a seleção anfitriã.
“Era um ambiente de muita alegria. Uma coisa inesquecível. Lembro-me do segundo jogo, depois daquele golo do Pequeti. As ruas estavam cheias como um ambiente do final do ano”, recordou o mister Maudó em conversa ao Portal Desportivo O Golo GB e à Rádio Popular FM.
“Sou daquelas pessoas, sim, que concordam que foi a nossa melhor participação”, revelou.
Para o comentador, nem todas lembranças são boas, como é o caso de Bocundji Cá, um dos pilares para formação dos Djurtus de presente, que não teve oportunidades de somar minuto nenhum no CAN.
Em termos de comparações, o prestigiado comentador destacou a relação existente entre a seleção do primeiro CAN ao conjunto nacional de atualidade: a diferença, como fez perceber, está na mentalidade: “Pela raça e a determinação com que os jogadores jogavam. Havia patriotismo. Sinto-me saudades de cara com o que jogavam os jogadores como Bocundji Cá, Pequeti, Zezinho, Juary, Idi Computador e companhia”, destacou o comentador.
Recordamos o onze histórico do Baciro Candé no CAN Gabão 2017:
Jonas Mendes; Tomás Dabó, Rudi Silva, Juary e Agostinho Soares (Nconco); Nani Soares e Francisco Júnior (Santos); Zezinho Lopes (C), Abel Camará, Toni Silva; e João Mário.
Suplentes
Papa Mbaye, Rui Dabó, Eridson Mendes, Mamadu Candé, Emmanuel Mendy, Lassana Camará (Saná), Bocundji Cá, Sami, Piqueti Djassi, Aldair Djaló, Frédéric Mendy e Idrissa Camará.
Oito anos depois, a maioria dos heróis foram deixando a seleção, mas as memórias e as saudades ficam para sempre.
© Balantó Danfa