BACIRO CANDÉ NÃO FECHA PORTAS AOS DJURTUS

Ex-selecionador Nacional focado na Costa do Sol, mas com os olhos postos na Selecção da Guiné-Bissau
O antigo selecionador Nacional de futebol da Guiné-Bissau, Baciro Candé que conduziu os “Djurtus” a quatro participações consecutivas no Campeonato Africano das Nações (CAN), que atualmente orienta Costa do Sol de Moçambique, não fecha as portas a possível regresso ao comando da Selecção Nacional da Guiné-Bissau.
A revelação de Baciro Candé aconteceu em Moçambique durante uma entrevista no Podcast intitulado “PAPO COM O SHAYD”, em que o treinador de Costa do Sol abordou vários assuntos, entre os quais sobre a Seleção da Guiné-Bissau, e também sobre um possível regresso ao comando dos Djurtus.
“Nunca tive uma entrevista desde que abandonei o comando técnico dos Djurtus para falar sobre a minha saída, vou aproveitar este microfone dizer ao povo da Guiné-Bissau, se realmente fiz alguma coisa de mal que me perdoem, a minha ambição, o meu querer e a minha vontade é sempre levar a Guiné-Bissau para além, tudo fiz, mas tudo fiz para que a Guiné-Bissau consiga atingir o nível alto no futebol africano, não conseguimos prontos, mas peço desculpas neste capítulo e que saibam que sou guineense e continuarei a ser guineense, a Guiné-Bissau está em primeiro lugar. Não tenho ressentimentos com ninguém, mas com ninguém. É o meu país, é o meu povo e somos simpatizantes, e agradecer à minha equipa técnica que me acompanhou desde que assumi a Selecção Nacional em 2016, trabalhamos e deram também tudo o que estiver ao seu alcance e assim como os jogadores. Agradeço principalmente aos jogadores porque são eles os intervenientes diretos para que eu possa ser chamado Mister Candé e para ter este respeito que tenho, é graças aos jogadores, aproveito este microfone para agradecer todos eles”, enfatizou Candé.
Por outro lado, Baciro Candé sublinhou o porquê de não ter dado nenhuma entrevista desde que saiu do Campeonato Africano das Nações (CAN Côte d’Ivoire), disputado em 2024, assim como do seu afastamento no comando técnico dos Djurtus da Guiné-Bissau.
“Desde que saímos do CAN Côte d’Ivoire 2023, não dei nenhuma entrevista e não falei nada para evitar certas coisas, que possam gerar diferentes interpretações, é por isso que recusei de dizer qualquer palavra, mas não é por mágoa ou por outra coisa, e dizer a federação ou o governo em si, o meu muito obrigado pelo apoio que me deram para poder atingir o meu propósito de ser hoje o quem eu sou, e estou aqui disponível para o país, o que eu puder ajudar estarei disponível, mas neste momento estou focado na Costa do Sol”, realçou Baciro Candé.
Questionado sobre se caso vencesse Moçambola 2025, a Taça de Moçambique e colocar a Costa do Sol nos quartos de final da Liga dos Campeões Africanos, posteriormente surgir uma proposta milionária através da Federação de Futebol da Guiné-Bissau para reassumir o comando técnico da Seleção da Guiné-Bissau. Em resposta, Baciro Candé foi perentório em responder que aceitaria, mas deixou claro que neste momento tem o contrato em vigor com o clube moçambicano de Costa do Sol.
“Sou guineense, com dinheiro ou sem dinheiro, primeiramente, a Guiné-Bissau está sempre em primeiro lugar, como eu sempre fiz e privilegiei sempre o meu país, talvez poderei, mas neste momento estou cingido no projeto de Costa do Sol” concluiu Mister Candé.
Recorde-se que Baciro Candé levou a Guiné-Bissau a qualificação inédita para o Campeonato Africano das Nações – CAN Gabão 2017, tendo repetido este feito em quatro ocasiões consecutivas nos CANs Gabão 2017, Egito 2019, Camarões 2021 e Cote Côte d’Ivoire 2023.
Mas em 2024, após o Campeonato Africano das Nações (Côte d’Ivoire 2023), disputado nos meses de Janeiro e Fevereiro de 2024, em que a Seleção Nacional da Guiné-Bissau teve o pior desempenho nas fases finais desta competição, facto que motivou a Federação de Futebol da Guiné-Bissau em não renovar o vínculo contratual com Baciro Candé, cujo contrato terminou no mês de Março de 2024, após a fracassada participação dos Djurtus no CAN Côte d’Ivoire.
Refira-se que Baciro Candé foi substituído no comando dos Djurtus pelo técnico luso-santomense Luís Boa Morte que tinha como objetivos qualificar a Guiné-Bissau para o Campeonato Africano das Nações, mas o novo selecionador não conseguiu qualificar o país para o CAN Marrocos 2025 e apuramento para o Mundial 2026 está quase fora de questão.
© O Golo GB
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