TOTI DEIXOU O RUGBY PELO FUTEBOL PARA VIVER O SONHO DA PREMIER LEAGUE
Toti Gomes admite que ele e Chiquinho, companheiro de equipa do Wolves, estão “compartilhando o mesmo sonho na Premier League”, após sua ascensão meteórica em apenas sete anos jogando futebol.
Aos 16 anos, Toti decidiu trocar uma bola de rugby por uma bola de futebol, uma decisão que ele não poderia prever com tanto sucesso quando em cidade onde cresceu, Cascais, 30 quilômetros a oeste de Lisboa, Portugal.
A sua oportunidade surgiu no GD Estoril Praia, nas eliminatórias regulares da Liga Europa, e depois com o clube a depositar imensa confiança nele, dando-lhe um contrato até 2027, o seu orgulho é imensurável.
“Eu apreciei a confiança que o Wolves me deu, muito grato”, disse ele. “De agora em diante, preciso continuar trabalhando duro para devolver a confiança que eles me deram.”
Nascido na Guiné-Bissau, Toti admite que mudou-se para a Europa ainda jovem e isso fez com que as oportunidades de prosperar no meio desportivo se tornassem mais fáceis de perseguir.
A sua paixão pelo rugby era evidente e encontrou um clube, a Escolinha de Rugby da Galiza, a leste de Cascais e a apenas 20 minutos de onde acabou por florescer num cenário de futebol no Estoril.
Seus atributos físicos também eram uma força distinta e ele identificou sua velocidade como uma habilidade importante e transferível para o futebol, mas definir sua posição não foi tão simples.
“Sempre assisti futebol, sempre quis jogar, meus ídolos eram Cristiano Ronaldo e Lionel Messi”, acrescentou Toti.
“Quando comecei a jogar futebol, não era defensor, era ala e atacante. Mas com o passar dos anos, desci e encontrei minha verdadeira posição.”
O companheiro de equipa do Wolves, Chiquinho, também encontrou o seu caminho no Estoril, um terreno fértil para jovens talentos portugueses nos arredores da capital.
“Conhecemo-nos desde os tempos de escola, sub-19 em Portugal e primeira equipa no Estoril”, acrescentou Toti.
Ter um núcleo português em Molineux certamente ajudou Toti a se estabelecer, e a continuação de jogar com um técnico português no Estoril, Grasshoppers na Suíça e agora Bruno Lage, criou um caminho de futebol livre.
Toti continuou: “Eles me integraram muito bem, Rúben [Neves] nunca jogou na minha estreia, mas ele me mandou mensagem depois do jogo me parabenizando.
“Ajudou-me muito. Qualquer coisa que eu precisasse, eles já estavam aqui. A comunicação é mais fácil para mim e o grupo está realmente unido.”
O treinador principal teve um impacto importante em seu progresso e Toti elogiou seu relacionamento desde que voltou ao clube na ausência de Romain Saiss, que foi capitão do Marrocos nas semifinais da Copa das Nações Africanas.
“Eu não estava esperando para jogar, e ele é um treinador muito calmo. Ele disse: ‘faça o que você faz no campo de treinamento’, essa é uma das razões pelas quais eu não estava nervoso na minha estreia.”
Com vontade de vencer e vontade de aprender, Toti deixa claro que vê os demais ocupando as vagas na barra defensiva do Wolves como tutores, e não há competição nesta fase.
“Estou aprendendo e melhorando a cada dia com a bola”, acrescentou. “Estou tentando aprender mais com Saiss, Boly, mesmo no campo de treinamento, para que eu possa fazer o mesmo quando for minha hora.”
Tendo feito sua primeira aparição pela equipa principal dos Wolves desde janeiro, no empate [1-1] de domingo com o Norwich City, a confiança no Toti para intensificar quando necessário é um luxo que alguns clubes não têm.
Não há dúvida de que há mais por vir do jovem de 23 anos de idade, o futuro é brilhante e Toti será o primeiro a agradecer ao Wolves por tanta fé e uma oportunidade que apenas uma fração pode experimentar.
©️ WOLVES